sexta-feira, 20 de abril de 2012

O outro lado da face



Olhando para o espelho procurando o outro lado da face abusiva e obscura. Procurando coisas estranhas, lembrando maneiras de coisas que fiz. 
Uma mesa cheia de cigarros e vodka. Desejando coisas, pensando em coisas indecentes. Lembranças de um corpo nu. Um pôster na parede do quarto, uma cena lésbica. Seu corpo fraqueja, sua mente não quer se livrar. Então se entrega ao momento. Você quer fazer aquilo, você deseja e deseja muito mais. 
Pensa no hoje, pensa no amanhã e lembra o que viveu. Ainda ocupado, escravizado pelo vício. Insanidade e desejo. Prazer, compreensão, quem se importa? 
Sente o corpo quente, a alma pesada e acumulada. Quer se livrar da angústia, mandar tudo pro esgoto e seguir os desejos. Fazer, fazer muito mais. Se satisfazer e no fim querer muito mais. No fim, um foda-se bem grande.
Olha para um lado e para o outro e cospe no chão, é tudo a mesma merda. Sempre a mesma ladainha, a mesma merda de sempre. Andam por ai se achando os salvadores e sabichões da honestidade. No escuro então são todos iguais, esperando o momento oportuno para liberarem suas hipocrisias em nome de Jesus. São eles os salvadores da humanidade. São os mesmo os fundadores suicidas. Destruidores morais, diria eu imorais. O imoral cobrando pela moralidade. Pobres santidades com suas coroas de bosta nas idéias. Tão fracos. Tão inocentes. 
Procurando por coisas, criando coisas e não tendo nada. Nada para o mesmo, nada para oferecer. Você não enxerga mais nenhuma utopia. O máximo que se vê são pessoas enxergando perfeição aonde não existe. Enganando-se, frustrando-se. Criando revoltas e depressões pelo o que nunca existiu. Sobra medo e falta coragem. Então um revolve lhe espera na gaveta. Então, o fim da existência. 

Você precisa de uma dose de uísque. Acalme-se, respire fundo. Seja inteligente, porque tanta pressa? Onde está a sua coragem? Então é assim, escravo do fracasso? 
Você tem medo do medo? O medo escraviza, ele te ilude e destrói. Ele faz de você a sua marionete. Ele te morde, ele te rasga, te maltrata. No fim você fracassa. Não conhece sua própria força. 

Lembra de quando você se encontrava perdido e achava tudo uma merda? 
Agora você escarra e sorri na cara de quem acha que sabe tudo sobre tudo. 
Ri profundamente da cara desses retardados

É tudo bonitinho, não é? Precisam de frases e se apóiam na idéia alheia. Tudo cópias e decorações. Tudo bonitinho por fora, cheio de firulas. Bem tratado. Vazio por dentro.
Sem utilidades, tudo a mesma merda. 
É tudo em nome de Jesus e da Madre Tereza. Essa gente fudida acha que irá mudar alguma coisa entregando o coração a Jesus. Não é por Deus, ou seja lá quem for, é tudo porque temem ir para o inferno. Logo, são todos egoístas. Santos endiabrados.
Hipócritas.

O coelhinho atravessou a rua. Morreu atropelado, coitadinho. A filha do vizinho continua uma gracinha. Seduz toda a vizinhança e no fim da tarde procura um namorado. Ou melhor, procura um pai para o seu filho recém ejaculado. 

O pastor inseguro continua inseguro. Meia hora antes do culto do meio de semana cheira alguns papelotes de cocaína, sentindo-se assim confiante e eufórico. Pronto para o primeiro de abril. Pronto para convencer a ignorância e recolher alguns trocados para os bispos comprarem emissoras de TV. 

Eu estou aqui olhando para o outro lado do espelho. Procurando a outra face, obscura e mentirosa. Tomando umas doses de desejo e uísque. No fim uma vodka e cigarros.

Me divertindo, rindo muito. Alucinado. Observando o outro lado do espelho. 
A Tropa dos imbecis.
Doentes, todos doentes atolados na mesma merda.
Todos querem a mesma merda.

Rindo, rindo muito por não fazer parte desta bosta coletiva que vende milhares de exemplares nos jornais todos os dias do ano. 

Não faço questão. 
Não quero.
Não me importo nem um pouco.

O reino dos débeis mentais! 

Se isso lhe ofende? Bem, eu sinto muito. É tudo verdade.

Jonathan Villaça

sexta-feira, 30 de março de 2012

Tarde Vermelha (Uma Mente Psicótica)

Tarde vermelha, a carnificina já estava feita. Não era sede de vingança, tão pouco medo de morrer, o único prazer estava em ver sofrer. Morte, sangue e psicose. O único propósito era matar, alimentar o insano prazer, o vício em ver uma cena vermelha repleta de dor e sofrimento.
Quando o medo bate na porta do mais forte, quando a dor se apresenta em silêncio, ela se torna agonizante, e o forte não tem força que suporte. Quando a freqüência do pulsar aumenta, a tortura se torna insuportável a quem sente.

Alguma vez você pensou na morte?
Em silêncio, ou de modo que possam ouvir?

A primeira vez que vi a morte de perto, foi quando eu tinha nove anos. Foi em uma manhã de domingo, onde todos se dirigiam para adoração de Jesus Cristo, o santo filho de Deus. Aquele que morreu na cruz por cada grão de areia deste Planeta chamado “Terra”
O Padre Antônio era um homem muito respeitado e querido por todos da região, tinha sempre uma lição de vida para cada ovelha.
Em algum momento que me vem a cabeça como um soco na mente e me causa uma certa ânsia, acho que foi durante a oração de São Sebastião que um menino Ruivo, bem branquinho e olhos negros, que pelo qual era um de seus ajudantes, surgiu e disparou 6 tiros na cabeça do Padre Antônio. Lembro que o menino deu um leve sorriso, observou todas as pessoas presentes e paralisadas com a situação Psicótica, e sentou acariciando a cabeça do pobre senhor.


Quando o sol se esconde e a sombra toca a terra, surge a marca de um homem e sua jaqueta preta. Suas botas silenciosas e gotas que carimbam a terra do Pecado.
O cheiro de pólvora e ferrugem. Pulsares intensos que se silenciam ao eterno.

[...]

Jonathan Villaça 

quarta-feira, 14 de março de 2012

O Assassino

Idéias imprevistas de um assassino correndo em desorientação momentânea e vazia ao lado de todos os abandonos desorientados e perdidos e um ódio que se iguala ao inesperado momento de explosão.
O assassino segue pelo corredor, ele bate na porta do inquilino e então...
Apenas cansado de capas vazias sem utilidades, se livrando do esgoto.

Palavras iguais, palavras previstas das mesma e mesmas das mesmas de sempre
Colocando um fim no meio dos que ficaram ali parados em palavras iguais.

Dor, medo e ódio
Gritos de terror, uma cena vermelha, carimbo em sangue
Uma
estranha e angustiada respiração, um coração que bate e outro que para.
O assassino segue pelo corredor, ele Observa e então...
Você consegue ouvir?
Os passos...

Jonathan Villaça

 
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